Troca de bebês em maternidades, erros de administração de medicamentos, troca de exames de laboratórios, esquecimento de instrumentais cirúrgicos dentro do paciente, quedas dos leitos entre outros, têm sido motivo de grande preocupação em unidades hospitalares. Esses são típicos exemplos de incidentes ainda comuns. O curioso é que boa parte dessas ocorrências tem a mesma origem: falhas na identificação dos pacientes.

Nesse artigo abordaremos um pouco sobre como esses transtornos poderiam ser evitados com a padronização na identificação do paciente e de produtos relacionados ao seu tratamento enquanto recebe atendimento médico. Utilizaremos, como exemplo, a identificação de recém-nascidos e a administração de medicamentos.  Vale ressaltar que as orientações devem ser seguidas em diversos ambientes e departamentos como: internação, pronto socorro, ambulatórios, nutrição, laboratórios, centro-cirúrgico, UTI, CME, salas de emergências e clínicas.

 

IDENTIFICAÇÃO DE RECÉM-NASCIDOS

Em 2014 foi implantado no Brasil o Programa Nacional de Segurança do Paciente. O Protocolo de Identificação de Pacientes é parte integrante das metas desse programa e também faz parte de elevadas normas internacionais de segurança.

O uso de pulseiras de identificação é previsto no protocolo e sua aplicação também inclui recém-nascidos.  Nesse caso, por se tratar de um tipo de paciente indefeso o protocolo precisa de atenção ainda mais especial.

A pulseira em um recém-nascido deve ser colocada com redundância e, preferencialmente, no pulso e no tornozelo. Alguns dados como nome da mãe e número do prontuário do recém-nascido são essenciais.

Mas, infelizmente tem havido transtornos por falhas no processo de identificação de bebês em maternidades.

É importante que o profissional de saúde confirme a identificação do recém-nascido antes de realizar procedimentos de rotina.

Por exemplo, o protocolo de identificação de pacientes prevê que a confirmação da informação contida na pulseira do recém-nascido e na pulseira da mãe deve ocorrer em todo o momento que o recém-nascido for entregue à mãe ou responsável legal. Também, caso a mãe não esteja internada, deverá ser solicitado documento que comprove o nome da mãe e deverá ser realizada a confirmação com os dados existentes na pulseira do recém-nascido.

Erros na identificação de recém-nascidos podem causar sérios problemas. Lamentavelmente, eventos adversos como administração incorreta de medicamentos, envio de bebê errado para a sala de cirurgia e até troca de bebês na maternidade têm acontecido.

Como hospitais e maternidades enfrentam esse desafio?

Em vista da vulnerabilidade do paciente pediátrico os hospitais e maternidades têm dado atenção especial a modelos eficientes de identificação. A utilização de pulseiras de identificação é a maneira mais prática de prevenir eventos adversos evitáveis. Essas pulseiras devem ser fabricadas seguindo elevados padrões de segurança. Precisam ser pequenas o suficiente para serem confortáveis e seguras em recém-nascidos, bebês e crianças.

 

ADMINISTRAÇÃO INCORRETA DE MEDICAMENTOS

Cuidar da tarefa de administrar medicamentos aos pacientes é algo sério. Envolve alto nível de responsabilidade dos profissionais de enfermagem e farmácia. Por ser uma ação que não admite erros, as instituições de saúde seguem elevado padrão de cuidados para promover a segurança dos pacientes.

O Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos publicado pela Anvisa, elenca 9 etapas fundamentais para a prática segura de administração de medicamentos. Essas etapas são conhecidas como “9 certos” e advertem sobre fatores que precisam ser verificados para prevenir erros.

  1. Paciente certo
  2. Medicamento certo
  3. Via certa
  4. Hora certa
  5. Dose Certa
  6. Registro certo
  7. Ação certa
  8. Forma certa
  9. Resposta certa

Como o uso de pulseiras de identificação ajuda a reduzir erros na administração de medicamentos?  

Para ser considerado “Paciente certo” o protocolo indica a importância de perguntar ao paciente seus dados e confirmar com a pulseira de identificação que deverá conter no mínimo dois identificadores como: nome completo, nome completo da mãe, data de nascimento e número de prontuário. Quanto ao “Medicamento certo” o protocolo enfatiza que a identificação de pacientes alérgicos deverá ser feita de forma diferenciada com o uso de pulseira e aviso em prontuário. O gerenciamento de riscos assistenciais é de fundamental importância.

Evidentemente, um sistema de identificação que utilize pulseiras com código de barras e scanner coletor de dados aumenta consideravelmente o nível de segurança durante a realização do cuidado médico. O profissional de saúde poderá scannear a pulseira de identificação antes de cada procedimento indicado nos “9 certos”.  Esse processo permite que os dados coletados na pulseira sejam, por exemplo, comparados com os dados do código de barras de medicamentos registrados no prontuário eletrônico do paciente. Isso garante que o “medicamento certo” será administrado para o  “paciente certo” na “hora certa”.

Para conferir segurança e eficiência ao processo é essencial que as pulseiras contenham dados legíveis. Também devem ter qualidade suficiente para não amassar, molhar com fluidos corporais ou ser de fácil rompimento.

Não resta dúvida de que um eficiente sistema integrado de identificação de pacientes constitui uma forte barreira contra eventos adversos relacionados com administração de medicamentos. Além disso, esse modelo proporciona  suaves fluxos de trabalho para o profissonal de saúde.

Acompanhar em tempo real e ao lado leito informações vitais para o bem-estar do paciente, torna-se uma experiência satisfatória para os que administram cuidados médicos.

 

POR QUE ESSAS OCORRÊNCIAS SÃO PREOCUPANTES

Eventos adversos com recém-nascidos e erros na administração de medicamentos são exemplos de uma situação alarmante cada vez mais ampla. De acordo com o IBSP – Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente cerca de 1.700.000 pacientes por ano sofrem eventos adversos no Brasil. Esses incidentes podem causar por ano mais mortes do que as provocadas por acidentes de carro, aids, câncer de pulmão ou de mama.

Em 2017 o IESS – Instituto de Estudos de Saúde Suplementar e o Instituto de Pesquisa da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais (Feluma) produziram um relatório de mortes por eventos adversos no Brasil.

O relatório foi apresentado no 2° Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil e indicou que, em 2017, erros e falhas em hospitais causaram 6 mortes por hora no Brasil. A pesquisa ainda apontou que 66% dos óbitos causados por “eventos adversos graves” poderiam ter sido evitados. O estudo foi feito em todo o sistema hospitalar do Brasil e retrata o cenário preocupante da rede de saúde pública e privada.

 

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